Própolis: o que é e quais os benefícios?

Própolis: o que é e quais os benefícios?

O própolis é uma mistura resinosa natural produzido pelas abelhas a partir de substâncias extraídas das plantas. A sua composição é complexa e variada, pois depende da origem das plantas e da espécie de abelhas que o produziu, no entanto, em termos gerais, é constituído por aproximadamente 55% de resinas vegetais, 30% de cera de abelha, 8 a 10% de óleos essenciais e 5% de pólen.

A palavra própolis deriva do grego, em que “pró” significa “na entrada de” e “polis” de “comunidade” ou “cidade”, o que significa que este produto natural é utilizado pelas abelhas para defenderem as colmeias. O própolis também é conhecido como “cola de abelha”. Inicialmente, devido à sua natureza cerosa e às suas propriedades mecânicas, acreditava-se que as abelhas utilizavam o própolis apenas para proteger a colmeia das condições adversas (por exemplo, chuva, ventos frios, neve). No entanto, a proteção é o propósito mais simples do própolis. Além de proteger, o própolis é utilizado pelas abelhas para construir e reparar a colmeia (para vedar fendas, rachaduras e suavizar as paredes internas), reforçar a estrutura e a estabilidade, minimizar vibrações perturbadoras, prevenir doenças, infeções e mumificar pequenos intrusos tentam entrar na colmeia.

Tanto o mel como o própolis proporcionam um efeito benéfico na saúde humana. Desde a antiguidade que o própolis tem sido amplamente usado pelo homem, especialmente na medicina popular, para o tratamento de várias doenças. Os egípcios usavam o própolis para embalsamar, os Incas utilizavam para reduzir a febre. Médicos gregos e romanos utilizavam-no como desinfetante bucal, anti-séptico e como curativo no tratamento de feridas, prescrito para terapia tópica de feridas cutâneas e das mucosas. O própolis foi incluído oficialmente como substância com efeito terapêutico nas farmacopeias de Londres do século XVII. Devido à sua atividade antibacteriana, na Europa, o própolis tornou-se muito popular entre os séculos XVII e XX. Em Itália, o própolis foi usado como verniz no violino utilizado por Antonio Stradivari, para conservar a madeira. No final do século XIX, o própolis foi amplamente utilizado devido às suas propriedades curativas e, na Segunda Guerra Mundial, foi usado em várias clínicas soviéticas para o tratamento da tuberculose, devido ao declínio observado dos problemas pulmonares e da recuperação do apetite. Nos estados balcânicos, o própolis foi aplicado para tratar feridas e queimaduras, dores de garganta e úlceras do estômago. O primeiro trabalho científico com própolis foi publicado em 1908, incluindo as suas propriedades químicas e composição.

Atualmente, o própolis é encontrado em muitas lojas de produtos naturais em diferentes formas. Devido às suas propriedades anti-microbianas e anti-inflamatórias, é atualmente usado nas infecções do trato respiratório superior, resfriado comum e infecções semelhantes à gripe, bem como preparações dermatológicas úteis na cicatrização de feridas, tratamento de queimaduras, acne e herpes. O própolis também é usado como colutório e em pastas de dentes para prevenir cáries e tratar gengivites e estomatites. É amplamente utilizado em cosméticos e em alimentos e bebidas saudáveis. Está comercialmente disponível sob a forma de cápsulas, soluções para bochecho, cremes, pastilhas para a garganta, pó e também em muitos produtos purificados a partir dos quais a cera foi removida. Devido às suas propriedades antimicrobianas, antivirais e antioxidantes, é amplamente utilizado em medicina humana e veterinária, farmacologia e em cosmética.